A CADA UM

A CADA UM QUE CHEGAVA, MAIS INTEIREZA

A CADA UM QUE SAI, MAIS TRISTEZA

A CADA UM QUE CHEGAVA, MAIS AFETO

A CADA UM QUE SAI, MAIS QUIETO

A CADA UM QUE CHEGAVA, UM ABRAÇO

A CADA UM QUE SAI, MAIS ESPAÇO.

A CADA UM QUE AQUI CHEGAVA 

A CADA UM QUE AQUI

A CADA UM QUE

A CADA UM

A CADA

A

A

A CADA

A CADA UM

A CADA UM QUE

A CADA UM QUE DAQUI

A CADA UM QUE DAQUI SAI…

                                                                        ARLÉO  23/05/1990.

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CANABRAVA/AROEIRA 23/05/1990.

CANABRAVA, LIXO, MAU CHEIRO,

DETRITOS, POBREZA, BADAMEIRO,

AROEIRA, NOVO, SAIS AROMÁTICOS,

FRAGMENTOS, BURGUESIA, SOMÁTICOS

O BADAMEIRO NA SUA POBREZA

RETIRA DO LIXO DE CANABRAVA,

DETRITOS.

OS SOMÁTICOS DE AROEIRA

COM SEUS NOVOS SAIS AROMÁTICOS,

MOSTRAM FRAGMENTOS BURGUESES.

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O lado social no trabalho ambulante

O trabalho informal -que não paga impostos nem está cadastrado na Junta Comercial ou Delegacia Regional do Trabalho- que incomoda e atende aos transeuntes e comércio formal, normalmente em locais de grande movimentação, é o que se pode considerar como um mal necessário.

Apesar de ocupar espaços públicos, concorrer com o comércio formal e sujar o local de trabalho, o ambulante tem pontos positivos a serem considerados: atendem ao consumidor que tem pouco tempo disponível para comprar em lojas; dão certa segurança ao comércio estabelecido pois afugentam os malandros e ladrões da área; alguns poucos, além de lavar o local de trabalho, estendem a limpeza a todo o passeio.

O trabalho do ambulante não lhe garante uma renda fixa mas, quase todos são unânimes em declarar que, mesmo sem carteira assinada não pensam em mudar de ramo. Alguns já têm mais de 15 anos como ambulante, às vêzes com o ponto herdado do pai.

A preocupação de todos é quanto ao atendimento médico, quando necessário, pois não costumam recolher à Previdência. Mesmo sabendo da romaria a seguir quando doentes e tendo atendimento como indigentes.

Na impossibilidade de emprego para todos os cidadãos, a prefeitura cadastra muitos ambulantes, permitindo-lhes, assim, obter uma renda razoável. Mesmo com as áreas estabelecidas pela prefeitura para o comércio ambulante, muitos montam barracas e tabuleiros onde querem e nem sempre são cadastrados. Esses últimos são os que atrapalham a organização, disciplina e respeito que os cadastrados têm.

Se o estado não pode garantir emprego para todos, ao menos possa permitir sempre, uma forma de trabalho.

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NÃO DESEJO

Não desejo que sejas feliz

Nem que faças o que dê prazer

Não seja nunca a dona do próprio nariz

E não descubras o quão bom é viver

Nunca tenha alguma perspectiva

Que nunca possas viajar no pensamento

Não saibas ser criativa

E nem consigas ter alento

Não corras nunca, descalça, na praia

Nem coma algodão-doce se lambuzando

Que quando vires um colchão de molas nunca caia

E, consequentemente não se veja amando

Pois se não desejo que tenhas desejo

Nunca venhas a ser desejada

Desejo vê-la sempre insatisfeita

Com o que normalmente aos outros satisfaz

Não te recordes nunca dos momentos felizes

Pois espero que nunca os tenha tido

Que chores sempre de tristeza

Por seres sempre triste

Desejo de todo coração que não tenhas sempre, a mim

Pois sinto que não me mereces e nem eu a ti.

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QUE IDADE TEMOS?

Eu não me sinto com a idade que tenho, e creio que as pessoas quando dizem não se sentir com a idade que têm, é porque só nos sentimos (acostumamos) com a idade que temos, quando não mais a temos.

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ORAÇÃO

O SENHOR É MEU PASTOR!

PORQUE ME FALTAS, SENHOR?

PORQUE DEIXA-ME A MERCÊ DA DOR?

SERÁ EU, UMA ALMA PERDIDA?

PRODUTO COM DEFEITO?

VIVENDO UMA VIDA FUDIDA,

E QUER MEU RESPEITO?

AH! CARA,

SE TOQUE!

PRECISO DE VOCÊ!

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VIL

P’RÁ HUMILHAR O AMOR,

TEM QUE SER LOUCO!

FAZER DA VIDA POUCO,

NÃO TER ESSÊNCIA HUMANA,

CULTIVAR O QUE É VIL,

FLERTAR COM A DOR,

E TER A ALMA LEVIANA!

E O AMOR,

QUE POR VÊZES, HABITA NAS SOMBRAS,

É LOUCO, INTENSO E AGUDO.

ÀS VÊZES É MUDO, NÃO SURDO,

TÃO AGUÇADO, QUE SE MAL-AMADO,

DESTRÓI TUDO!

CONTUDO, SE RECOMPÕE,

EDIFICANDO DOS ESCOMBROS DE TANTA DOR,

UM POEMA, UM SIMPLES VERSO,

DO MAIS PROFUNDO AMOR

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FLUTUAR

MENINA MEIGA,

ANDAR MACIO,

PARECE FLUTUAR!

TÃO DOCEMENTE

QUE NEM SE SENTE,

QUANDO ESTÁ P’RÁ CHEGAR

UMA ESTRELINHA PERDIDA,

DE LUZ CINTILANTE,

OSCILA ENTRE O PERTO E O DISTANTE,

NÃO SEI SE PARO OU SE ANDO,

ATÉ TENHO RECEIO DE OLHAR

IMPOSSÍVEL RESISTIR,

FICAR IMPASSÍVEL, NÃO VÊ-LA PASSAR,

SEI QUE ALI MORA O RISCO,

MAS, DE QUE VALE A VIDA,

SE NÃO OUSAR, QUERER,

SE NÃO ARRISCAR?!

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HAI KAI

No outono,

o vento varre as folhas,

caídas do céu.

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REGULAÇÃO? ARGH!

Porque as pessoas têm que ficar aconselhando tanto? Faça isto; não faça aquilo; não é certo; não é bom para você. Porra! Se auto-regulem e parem de tentar regular a todos. Procurem fazer com que suas vidas tenham melhor sentido ou razão de ser.

Tenho o direito de fazer o que quiser, só falta fazê-lo.

Tenho o direito de fazer o errado

Tenho o erro de fazer muito o direito (o certo, certo?)

Obs.: quando morador de comunidade, anarquista, solteiro, etc. – 1989/90.

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