O lado social no trabalho ambulante

O trabalho informal -que não paga impostos nem está cadastrado na Junta Comercial ou Delegacia Regional do Trabalho- que incomoda e atende aos transeuntes e comércio formal, normalmente em locais de grande movimentação, é o que se pode considerar como um mal necessário.

Apesar de ocupar espaços públicos, concorrer com o comércio formal e sujar o local de trabalho, o ambulante tem pontos positivos a serem considerados: atendem ao consumidor que tem pouco tempo disponível para comprar em lojas; dão certa segurança ao comércio estabelecido pois afugentam os malandros e ladrões da área; alguns poucos, além de lavar o local de trabalho, estendem a limpeza a todo o passeio.

O trabalho do ambulante não lhe garante uma renda fixa mas, quase todos são unânimes em declarar que, mesmo sem carteira assinada não pensam em mudar de ramo. Alguns já têm mais de 15 anos como ambulante, às vêzes com o ponto herdado do pai.

A preocupação de todos é quanto ao atendimento médico, quando necessário, pois não costumam recolher à Previdência. Mesmo sabendo da romaria a seguir quando doentes e tendo atendimento como indigentes.

Na impossibilidade de emprego para todos os cidadãos, a prefeitura cadastra muitos ambulantes, permitindo-lhes, assim, obter uma renda razoável. Mesmo com as áreas estabelecidas pela prefeitura para o comércio ambulante, muitos montam barracas e tabuleiros onde querem e nem sempre são cadastrados. Esses últimos são os que atrapalham a organização, disciplina e respeito que os cadastrados têm.

Se o estado não pode garantir emprego para todos, ao menos possa permitir sempre, uma forma de trabalho.

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